O mais importante é sempre buscar um tratamento:
As cólicas renais são conhecidas por serem extremamente
dolorosas. Contudo, este não é o único problema ocasionado
pelos cálculos renais. Milhares de pessoas possuem pedras nos
rins e desconhecem o problema, pois muitas vezes os cálculos
permanecem no organismo durante meses ou até mesmo anos sem
causar nenhuma dor. Mesmo assim, sem ocasionar nenhum
transtorno aparente, estas
pedras são capazes de causar grandes danos aos rins e até
mesmo insuficiência renal.
Aguardar que as pedras sejam
expelidas naturalmente, ingerindo apenas muita água, pode ser extremamente doloroso e perigoso, pois na
passagem desde os rins até a bexiga, as pedras podem causar
danos graves ao organismo.
O
contato constante dos cálculos renais já formados com o livre fluxo
da urina, permite o acesso rápido a uma abundante oferta de
cristalização de minerais, que certamente lhe ajudarão a
crescer. Além disso, o fluxo urinário pode trazer consigo
bactérias, que em contato com as pedras poderão provocar
infecções urinárias muitas vezes fatais.
Caso uma pedra bloqueie alguma das principais vias
urinárias (ureteres), poderá ocorrer também um bloqueio no fluxo de
urina, impedindo que o rim esvazie seu conteúdo para a
bexiga, o qual tende a inchar até que ocasione uma ruptura.
Avanços na investigação
urológica apontam que quase
99% dos túbulos e canais nos rins possuem menos de 1
milímetro de largura. Sendo assim, mesmo os cálculos renais mais pequenos
acabam sendo grandes o suficiente para ficarem
alojados nas vias urinárias.
O perigo real dos cálculos
renais reside principalmente no seu potencial de dano e de
imprevisibilidade.
Você pode optar pelo uso de um medicamento indicado pelo
seu médico, uma litotripsia ou até mesmo um procedimento
cirúrgico. Importantíssimo mesmo é buscar um tratamento, pois
simplesmente aguardar que os cálculos renais sejam expelidos sozinhos,
além de expor o paciente a níveis altos de estresse, dores e
traumas, ainda é muito perigoso para o sistema urinário, o
qual pode sofrer danos irreversíveis.
Como se trata o problema do cálculo renal?
Sem dúvida o melhor tratamento para cálculos renais é a prevenção.
No momento das cólicas
renais deve-se procurar atendimento médico imediato a fim de aliviar a dor do paciente, o que
normalmente é feito
com analgésicos e antiespasmódicos.
Uma atitude muito importante
é o
aumento da ingestão de água (nunca durante o momento da
cólica renal), a fim de auxiliar no processo
de eliminação das pedras.
A anos
atrás, a maioria das pedras exigia um procedimento cirúrgico
em que era feito um extenso corte na pele do paciente.
Atualmente, os tratamentos mais comuns utilizam diferentes formas de energia
com o objetivo de quebrar um cálculo em partículas pequenas o suficiente para
serem carregadas pela urina ou removidas; estas formas de
energia incluem eletricidade, ultrassom, raio laser e
impactos mecânicos. A energia, que é direcionada ao cálculo,
deve passar através de um instrumento (endoscópio) inserido
no trato urinário. Muito comum é a litotripsia extracorpórea,
a qual utiliza ondas
de choque que atravessam o corpo do paciente em direção ao
cálculo, fragmentando-o em pequenas partes e sendo
eliminados pela urina. O maior problema desta técnica são os
efeitos colaterais a longo prazo. As pedras nos rins também podem ser retiradas
através de tubos chamados endoscópios, os quais são finos e
possuem iluminação na extremidade. Podem ser colocados da
uretra em direção ao rim e com pinças especiais ou em
associação com litotripsia os cálculos renais são removidos. Outra
forma de tratamento consiste na nefrolitotomia percutânea.
Neste procedimento um tubo rígido é colocado no rim através
da pele e por este tubo (nefroscópio) são retiradas as
"pedras".
Os
métodos modernos não estão livres de complicações e podem
não ser efetivos, necessitando a complementação de outra
modalidade de tratamento. É freqüente a litotripsia não
quebrar o cálculo renal, sendo necessário retirar os fragmentos
restantes através de outro método.
Um método que também pode ser utilizado, é a
laparoscopia, que é um procedimento cirúrgico minimamente
invasivo realizado sob efeito de anestesia. Há casos que
necessita o acompanhamento de um médico anestesista.
O médico faz uma pequena incisão no
umbigo e introduz um telescópio fino chamado laparoscópio -
Um instrumento de fibra óptica que permite realizar
procedimentos diagnósticos e terapêuticos, daí o nome do
procedimento cirúrgico.
Caso uma litíase requeira um
tratamento, o objetivo deste será remover completamente a
pedra que foi diagnosticada. O método de tratamento
normalmente é selecionado de acordo com o local em que a
pedra se encontra:
Rim
-
Litotripsia de onda de choque -
um método não invasivo que utiliza energia para quebrar
a pedra;
-
Litotripsia Percutânea - a
energia é aplicada diretamente sobre a pedra através de
um endoscópio que é inserido no rim;
-
Cirurgia tradicional com incisão
-
ou Laparoscopia
Imagem da
litotripsia de onda de choque |
|
Em muitos
países, o uso destes equipamentos de fragmentação
por ondas de choque externa (litotripsia) vem tendo
seu uso descontinuado devido a riscos do
desenvolvimento de diabets mellitus e hipertensão
arterial, o que se deve ao efeito mecânico direto
da onda de choque de fragmentação sobre o rim e o
pâncreas (Journal of Urology, 2006; 175 (5) : 1742–7).
Ureter
Bexiga
|